quinta-feira, 28 de julho de 2011

Estrela, estrela...

É.

Você me confude e no momento não posso me dar ao luxo de uma confusão. Vá embora.

Escrito em 21/03/11

Eu não tenho controle. Você é tão especial e estou indo embora. Mais uma vez. Estou morrendo mais uma vez. Morrendo por tudo que o teu amor causou em mim, morrendo por tudo que o meu amor não conseguiu causar em ti. E depois de todos esses dias, me vem a única certeza que o tempo me permitiu ter até aqui: você não vai parar de doer em mim. A cicatriz não fecha, pois acostumei a fazê-la sangrar e estou fazendo de novo, estou indo embora de novo.
Eu não tenho controle... Dou tiros à esmo e me afogo e te afundo. Te encho de mim em mim e vou embora por ser gigantemente covarde a ponto de não aguentar me sentir amada.
Espero que um dia entendas que essa fuga é a maneira que encontrei para que continuassemos vivas, para que as durezas cotidianas não nos destruissem a bel prazer como fazem com todos os outros. Ir embora é o meu jeito de dizer que quero te amar para sempre. E vou.


(Talvez não...)

Escrito em 23/03/11

Sinta o amor. Sinta a porra do amor. Sinta o que vai te mastigar e cuspir com os mesmos dentes que te sorriem apaixonados. E os mesmos dedos que percorrerão teu corpo como se fosse o último serão apontados a tua cara e junto com a boca que te beijará como se fosse única te dirá todas as coisas que você jamais imaginará ouvir com a mesma voz que te dirá tantas vezes que te ama e que te amaria para sempre e que te amaria ainda que tudo mudasse. E você não vai mudar. Vai continuar sendo a sacana incapaz de amar qualquer coisa que se mecha, pois ela te dirá isso tantas vezes quantas será impossivel não acreditar. E você será completamente infeliz achando ainda que vale a pena porque você a ama mesmo que ela não acredite nem te deixe acreditar. E continuará tentando com a "determinação cega dos amores contrariados" enquanto todos dizem: pare. E as tentativas levarão embora a doçura dos amores impossiveis e te encobrirão de mundo real e ainda assim você continuará porque mais impossivel que o amor é deixá-la depois de tudo.
E sentirá, mesmo depois de muito tempo, que sofrer não é amar demais. E que é preciso acabar com algumas coisas, mesmo que a coisa seja o amor, antes que elas acabem com você. Não será fácil, sairá cheio de feridas e dores que parecerão mais fortes que a maior das saudades.
Mas conseguirá e se contar com a sorte, vai ter aprendido uma lição: quem ama mais nem sempre é quem demonstra mais.
Eu não demonstro.